A Rede foi criada no final dos anos 1990, como um fórum de debate e um espaço de articulação entre as entidades, sendo formalizada em 2003 como entidade jurídica. De forma representativa, a Rede Pintadas tem como funções principais avaliar, propor, planejar e implementar programas sociais e políticas públicas, além de empreender esforços e iniciativas de geração de emprego e renda.<br><br>
Em conjunto com entidades parceiras da região, ONGs nacionais e internacionais, vem desenvolvendo ao longo de quase três décadas vários projetos sociais, tendo grande respaldo pelas ações de convivência com o semiárido, sobretudo na construção de estruturas hídricas e demais ações de democratização do acesso à água. Foi a partir da luta e do trabalho da instituição que o município se tornou referência na questão da infraestrutura hídrica – é o primeiro município do Nordeste a alcançar a marca de 100% de domicílios rurais com cisternas.
As ações desenvolvidas pela Rede têm feito de Pintadas uma referência no Território da Bacia do Jacuípe, sobretudo pela articulação e mobilização social.
A iniciativa pioneira, considerada embrionária para a criação da Rede Pintadas foi o Projeto Pintadas, que marcou a vida de centenas de famílias beneficiadas nas questões econômicas, socioculturais e políticas. Congregou tecnologias sociais de convivência com o semiárido até então inovadoras, como a construção de estruturas de armazenamento de água, as cisternas de placas, aliadas às técnicas de gerenciamento do uso da água e produção de insumos para os períodos de seca. A experiência desenvolvida pelo Centro Comunitário, a entidade-mãe da Rede Pintadas, fomentou o surgimento das diversas organizações comunitárias que foram compondo o atual quadro da Rede Pintadas.
Prêmio Gestão Pública e Cidadania, concedido pela Fundação Getúlio Vargas (2002); Melhores Práticas concedido pela Caixa Econômica Federal (2003); Prêmio 100 anos do Mestre Duda pelo Ministério da Cultura (2007); O prêmio SEED Internacional (2008); Prêmio Celso Furtado pelo Ministério da Integração Nacional pelo projeto Adapta Sertão (2012); e o prêmio Locally Led Adaptation da Global Center on Adaptation (2023), publicação lançada na COP 28, em Dubai.